O HIPERTIROIDISMO PODE SER FACILMENTE TRATADO DE FORMA DEFINITIVA através do uso do IODO RADIOATIVO , que tem o objetivo de destruir o tecido doente e preservar os outros tecidos adjacentes à glândula tireóide.

A dose terapêutica de iodo radioativo é planejada através da realização uma avaliação clinica ; a realização de cintilografia da tireóide com Iodo-131 ( preferencialmente tendo o seu término no mesmo dia da realização da dose ) e de dosagens hormonais recentes ( T4 Livre , TSH , Anticorpos Anti-TPO e Anti-HTG ).

A DOSE É ADMINISTRADA POR VIA ORAL , o tratamento não é agressivo e nem invasivo , não é necessário internação e após sua administração deve-se evitar contatos físicos com mulheres grávidas e crianças infantes por um período de 48 horas .

EFEITOS COLATERAIS APÓS A DOSE: Dor na região cervical é observada , em alguns pacientes , motivada por uma inflamação da tireóide que pode ser provocada pelo uso terapêutico do radioiodo. Esta complicação geralmente é de curta duração e normalmente resolve-se espontaneamente sem nenhum tratamento específico.
Drogas anti-inflamatórias podem ser utilizadas para aliviar os sintomas.

RESPOSTA AO TRATAMENTO: Em geral, o intervalo que transcorre desde a administração do radioiodo até o controle do hipertireoidiasmo é de 1 a 4 meses. Alguns pacientes podem eventualmente necessitar de uma segunda dose se o hipertireoidismo persitir 6 meses após a dose.

HIPOTIREOIDISMO: Nos pacientes portadores de Bócio Difuso Tóxico ( BDT ) existe uma incidência de hipotireoidismo após o uso terapêutico do IODO-131 discretamente maior do que a observada com o tratamento cirúrgico. Contudo isto pode ser facilmente controlado com uso de comprimidos de hormônio tireoidiano que serão prescritos pelo seu endocrinologista.
Nos Bócios Nodulares Tóxicos o aparecimento do hipotireoidismo é muito raro.

Texto elaborado pelo Dr. Paulo Eduardo Assi – Médico Nuclear do Grupo IMN.